POEMA
Linfa
este poema inodoro,
palavra sem mito,
e fruto incriado.
Sujo
este discurso insosso,
ventre inchado,
decomposição de fezes
verme aureolado.
Rimbaud, Verlaine, Baudelaire,
cânones da poesia moderna,
e tu, mineiro coxo,
rolando em mim,
estoura música clorótica,
Exangue
escrevo ideogramas,
me calo,
as pedras ardendo na boca.
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