Uma jornada
Mas
o homem que esperava no balcão não se importava nada com o que acontecia dentro
do cartório. Viera ali pelo papel e o papel podia ser entregue sem mais
providência. Não havia dúvida, o papel que ele requeria estava assinado,
selado, reconhecido e devidamente liberado pelo tabelião.
Mas
Francisco olhou com rancor para o homem que esperava no balcão. Podia entregar
o papel, mas não tinha como entregá-lo logo, pois acreditava que aquele papel
precisava jazer mais algum tempo esquecido entre muitos outros papéis na
caixa-correspondência sobre a mesa. O problema é que ele não tinha uma saída
digna para propor ao homem tal coisa.
Mas
o homem que viera retirar o papel não se incomodou nada com Francisco e sua
necessidade de se impedir a conclusão do trabalho. Sorriu para dentro do
cartório não entendendo e sem curiosidade olhou o relógio que podia
estar marcando quase onze horas.
Mas
ele podia esperar até às duas horas quando o calor da tarde enredaria todas as
coisas numa espessa camada de luz e vento quente. O cartório fecharia e não
abriria até o outro dia. Então não havia mesmo que esperar. Francisco também
compreendia que não tinha como vencer daquela vez.
Foi
então que levantou-se da cadeira, mas antes de erguer-se marcou o livro de
registros das pessoas naturais com uma faixa de cetim azul, e apoiou o peso de
papel sobre uma pilha de folhas soltas da encadernação in-fólio que vinha
reunindo. Como sabia onde estava o papel que o homem esperava não o procurou
onde deveria encontrá-lo, pois se o fizesse acharia logo e o trabalho estaria
concluído sem nenhum inconveniente.
Abriu
a caixa de papéis apenas para que o homem compreendesse que o documento que ele
solicitara não estava lá dentro e para que ele, Francisco, tivesse mais tempo de
gozar o seu trabalho prolixo e impessoal.
Agora
tudo precisava acabar com tranquilidade natural e necessária. Francisco
retirou o papel do homem de dentro da caixa-correspondência, estava plenamente
convicto de que aquele era o papel, não havia nenhuma dúvida disso, mas mesmo
que não houvesse dúvida não podia entregá-lo tão logo. E como sabia exatamente
que não podia liberar o documento assim sem mais nada que ele pudesse fazer,
olhou com perspicácia desnecessária procurando averiguar que obviamente nada
faltava no papel.
Estava
escrito, reconhecido, selado, numerado. O carimbo do notário confirmava tudo. A
firma era reconhecida. Mas Francisco ainda tinha a vaga esperança de que aquele
“A” oblongo não fosse o “A” prolato da firma original. Se isso pudesse ser todo
o trabalho teria que recomeçar e o homem não receberia seu papel até que o
cartório abrisse no outro dia.
Francisco
permitiu-se então gozar pela primeira vez desde que o homem entrara e
solicitara o documento uma sensaçãozinha de sofrimento atroz e expectativa frustrada
no rosto do cliente. Pensou em impor-lhe maior dor chamando de dentro do
cartório alguém que pudesse certificar-se com ele que não havia nada que não
estivesse devidamente correto no documento e que com um sorriso fescenino
dissesse está tudo bem, entregue o documento para ele e recomende-o melhor mão
no traço do “A” inicial.
Salvou-o
da tentação um contrato que tinha que examinar antes do expediente interno.
Levou o papel até o balcão entregou-o e voltou a sentar-se lânguido, a corrente
sanguínea voltando ao seu estado natural.
Quando
Francisco chegou na frente da casa voltou-se para a rua e não ousou abrir logo
o portão. Estava em pé na calçada e precisou sorver um pouco do ar da tarde.
Ainda havia sol, mas ele não tinha muito interesse pelo sol. Também podia-se
observar muitos pássaros que voavam no céu com suas asas. Mas Francisco não
tinha nenhum interesse nem nos pássaros, nem nas flores, nem folhas dos fícus
que o vento agitava sem fúria. Havia um cão deitado do outro lado da rua, mas
Francisco compreendeu logo que era apenas um cão enxotado e que as crianças
dariam conta dele assim que voltassem da escola.
Sem
poder conter-se e temendo ficar parado para sempre olhando a rua apertou a
pasta dos papéis que trazia nas mãos e entrou na casa sem nenhuma expectativa.
Dentro
de casa havia tudo – os filhos que nasceram dele e que tinham nascido também da
sua mulher. Os filhos, sobretudo, eram aqueles. O menino tinha crescido e não
era mais um menino como tinha sido antes, vinha se tornando aquilo que ele via,
um dia chegaria a odiá-lo e sua voz reboaria como a de um homem consumado
dentro de casa. A menina. Mas não era uma menina apenas. Francisco tinha duas
filhas e já tinha plena convicção de que Clarinha era moça feita e que Virgínia
chegaria lá também antes que ele desse por isso. A mulher era tudo: era a mãe
que tinha criado seus filhos e agora ainda os alimentava enquanto eles cresciam
inevitavelmente. Era a dona de casa que limpava tudo e fazia toda a comida
e lavava toda a roupa. E era ela quem cuidava da tia que estava completamente
entrevada e recusava-se a morrer de velhice.
Francisco
então trabalhava no cartório e era o cartório quem provia toda a casa. Ele
surpreendia-se muitas vezes quando concluía que era o seu esforço que impunha
garantias a todos aqueles que habitavam aquela casa. Não limpava o suor do
rosto, mas enxugava as faces onde uma sebenta oleosidade se infundia durante
todo um dia de trabalho.
Depois
de banhar-se e vestir-se para estar mais tranquilamente em casa, sentou-se na
sala para esperar a janta. Se fumasse poderia fumar agora, mas como não fumava
contentou-se em folhear uma revista velha sem ler o que ali estava escrito.
Folheou-a tão distraidamente que logo a esqueceu e pôs-se a olhar para dentro
da casa.
Os
móveis estavam limpos e a poeira que o vento trazia não os maculava. Os filhos
não estavam a vista, mas ele os sabia seguros e não havia nenhuma necessidade
de saber mais sobre eles. Com pouco Mariana viria do interior da casa e seria o
jantar. A tia que ainda não tinha morrido dormia na tranquilidade senil com que
todos os velhos do mundo vivem. Então não havia mesmo mais nada que ele pudesse
fazer. Cruzou as mãos sobre o peito e escutou o vento ventando lá fora. Enganou-se
mesmo com isso porque concluiu imediatamente que o vento estava parado e que a
noite tinha chegado silenciosa e imprevista como fazia todos os dias.
Quando
vieram chamá-lo para o jantar abriu os olhos e viu a parede em frente. Parede
branca com marcas de fezes de moscas e rastros de aranha em toda parte.
Ergueu-se da cadeira e foi ao jantar.
Jantou
calado, mas isto não era nenhuma novidade, porque na casa todo mundo comia
calado. Era como se cada um se ocupasse apenas com o seu prato e suas ideias.
Olhou em volta, seus olhos pararam na cadeira vazia que jazia a sua frente.
Terminou de comer sem pressa e logo todo mundo recolheu-se a tranquilidade de
si mesmo.
Francisco
dormiu durante toda a noite sem nenhum sobressalto. Não chegou mesmo a acordar
durante o sono e também não teve sonhos. Quando despertou pela manhã estava
calmo e sem nenhuma má impressão de si mesmo. Ergueu-se na cama e tinha a
convicção de quem havia se regalado num reconfortante sono reparador.
Como
estava tranquilo e não sentia nenhum agravo como quando se sente que não se
dormiu o suficiente durante a noite ficou ainda na cama de olhos
abertos e parados dentro da claridade do dia que começava lá fora. Havia por
força de estar começando mais um dia lá fora e ele naturalmente compreendia
isto através da luz que forçosamente procurava entrar no quarto através das
cortinas que voavam. Não havia outro meio senão ficar ali mesmo até que o dia
se esquecesse dele completamente. Isso evidentemente seria fácil de acontecer e
ele não tinha nenhum problema se houvesse alguma memória dele lá fora.
Muito
tempo depois quando sua mulher voltou ao quarto ele ainda estava na cama de
olhos abertos e ela surpreendeu-se muito disto. Mas Francisco não acompanhou a
expectativa da esposa e continuou na cama satisfeito em não estar pensando em
nada e também de não ter nenhuma perspectiva de pensamentos no seu horizonte de
ideias.
Mas
a esposa saiu do quarto sem compreender nada e para certificar-se de que não
cometeria nenhuma indiscrição com o marido voltou à cozinha para confirmar no
calendário que não era nem sábado, nem domingo, nem tampouco era dia feriado
que ela esquecera. Quando soube que tinha plena convicção de que estava-se na
terça feira e era dia útil, voltou ao quarto disposta a comunicar tudo isto
marido.
Encontrou-o
de pé sorrindo para si mesmo diante do espelho do banheiro. Estava nu e ela não
sentiu nenhum desejo quando viu suas formas de homem. Ele tinha um sexo, mas
era como o de um animal qualquer que não precisasse usar roupas para cobri-lo.
Não havia nenhuma evidência de desejo, era um homem, mas não era mais uma fera
em quem a carne estuante ardesse ou desencadeasse o desejo de gozá-lo na outra
carne.
Teve
dúvidas em chamá-la e comunicar-lhe de que já eram quase sete horas e o
cartório abria as oito. Como não se decidiu a informar isto ao marido ela
voltou à cozinha e pôs-se a pensar em como agiria dali em diante. Já tinha
preparado o café, mas pensou em vertê-lo na pia só para ter que fazê-lo outra
vez enquanto decidia o melhor meio de agir diante de tudo aquilo. Logo os
filhos estariam acordados e Francisco ainda estaria em casa quando tudo isto
acontecesse. Olhou o relógio na parede, não eram mais sete horas e ela podia
ver que os ponteiros marcavam nitidamente 7h20min., como procederia agora? Ela era
uma mulher e nunca estivera no meio de um turbilhão.
Foi
diante do espelho do banheiro que Francisco soube que não precisaria mais ir ao
cartório. Não teria mais nenhuma obrigação com o trabalho. Tinha adquirido a
convicção necessária daqueles que sabem sem precisar de um longo esforço. Tudo
que fora verdadeiramente inevitável agora era muito clarividente para ele.
Podia compreender tudo sem nenhum esforço de pensamento ou necessidade de
reflexão contida.
Agora
ele era uma pessoa que sabia e podia comunicar qualquer coisa que o devir do
mundo cessaria para que ele fosse ouvido com ansiedade dadivosa. Ele era um
copo que tinha transbordado e agora necessitava esvaziar-se. Vestiu-se com
tanta calma que podia sentir o tempo parado dentro do quarto. Quando ele entrou
na sala encontrou a mulher e os filhos segredando-se palavras que ele sabia
naturalmente quais eram.
Imperturbável
Francisco caminhou para a porta da rua enquanto a sua mulher olhava para o
relógio da parede onde já eram 9h10min. Ninguém perguntou-lhe para onde
seguiria, mas não queriam acreditar que não havia nenhuma possibilidade de
Francisco seguir para o cartório.
Com
efeito, não foi para o trabalho que ele seguiu. Quando Francisco saiu para a
rua e respirou o ar renovado da manhã sentiu que seus ossos tinham cavidades
por onde o ar entrava e percorria-o. Então abriu os braços para distender a
envergadura de suas amplas asas.
Olhou
o céu, olhou o azul e pela primeira vez chegou a compreender a liberdade do
vento que passa. A manhã era clara e os fícus brilhavam na claridade balouçante.
Desceu a rua caminhando ao abrigo das platibandas. Quando a rua acabou ele
seguiu pela avenida até os trilhos do trem. Caminhou pelos trilhos até a velha
estação que há muitos anos tinha sido esquecida porque não havia mais trens para
embarcar.
Francisco instalou-se ao
abrigo da marquise da estação . Sentou-se ao lado dum cão
sarnento e dispôs-se ajudá-lo coçar a sarna que o devorava da orelha à cauda.
Assim fez e outros cães vieram para que Francisco também os curasse da comichão
da sarna. Mas com os cães veio também um mendigo que habitava com eles o mesmo
espaço da marquise. Era um miserável esquecido de Deus e dos homens e que
costumava descansar sua perna chagada cuja elefantíase o fazia arrastá-la
enquanto mendigava na entrada do mercado municipal.
Veio
e sentou-se com os cães e Francisco. Os dois homens nada conversaram entre si,
mas o mendigo que trazia pão no velho surrão de pano sujo, antes de comer o
primeiro pedaço ofereceu-o a Francisco que recusou-o veementemente, pois sabia
que não precisava mais tomar nenhum alimento.
Foi
então que tudo aconteceu pela primeira vez. Quando o mendigo terminou de comer
o pão sua perna que a filária necrosara degradando-o, estava curada. Foi a
primeira cura milagrosa de Francisco, depois as outras vieram vindo quando história da cura
do mendigo e dos cães sarnentos chegaram na porta das igrejas, nas casas que
tinham oratório, nas famílias onde algum doente jazia inerte sem esperanças
sobre os catres esses muitos crentes vieram em busca da saúde dadivosa.
Assim nos
dias que se seguiram a cura do mendigo e dos cães sarnento, Francisco curou uma
mulher que tinha ataques e tinha medo ter filhos que herdassem dela os demônios
que povoavam seu corpo. Curou um homem que não tinha uma perna devolvendo-lhe o
membro ausente que os médicos haviam amputado depois que a erisipela comera
todos os dedos e subira-lhe até o fêmur. Perdoou um filho cuja mãe dominadora
havia amaldiçoado depois que ele a ameaçara com a justiça para ver-se livre do
seu amor. Esse filho ingrato era atormentado e virava besta fera depois de espojar-se
na terra onde um jumento havia se deitado.
Foram
muitas curas realizadas sob a marquise da estação. Mas no outro Francisco
seguiu para o centro da cidade e pôs-se a porta do mercado exortando a caridade
dos comerciantes. Não chegou a demover muitos corações com seus discursos
inflamados, mas houve uma vendedora de peixes que lhe deu cinco peixes e um
vendedor de pão que trouxe-lhe cinco pães. Com esses cinco peixes e esses cinco
pães Francisco alimentou aqueles que não tinham nem pão, nem leite para comer.
Retirou-se
depois para a porta das igrejas, mas não teve nenhuma acolhida ali, porque veio o
bispo e convenceu-o de que a entrada do templo não deve ser estorvada nem por
santos, nem por mendigos e cães sarnentos. Como Francisco conhecia a vida do
último homem que afrontou o mando de Caifás, resignou-se e foi ensinar e curar no
campo.
A
família que Francisco tivera outrora e tinha ficado em casa nunca que aceitara
sua condição de santo. Não havia mesmo que aceitar. E o tabelião telefonara para
a mulher de Francisco observando que enquanto ele caminhava realizando
maravilhosos prodígios pela cidade e afrontando a autoridade do bispo a pilha
de importantes papéis crescia na sua mesa e os clientes já se mostravam
incomodados e irritadiços com o atraso no serviço.
Não
havia mesmo que aceitar. Chamassem a polícia e reconduzissem o pelotiqueiro
para casa, dessem-lhe um banho e um café amargo, depois o mandassem para o
trabalho. A primeira pessoa da família que procurou Francisco entre os cães
sarnentos foi Clarinha, mas como essa filha muito amada não pôde demover o pai
e convencê-lo a voltar para casa, Virgínia aquela que o negaria três vezes
incumbiu-se da tarefa, mas sem obter nenhum sucesso, antes de chegar a casa foi
três vezes abordada na rua e três vezes negou que tivesse um pai e que esse pai
fosse Francisco, o homem que andava realizando todos aqueles prodígios na
cidade.
O
filho que era quem o trairia foi instruído para que reconduzisse o pai à razão. Mas antes de subir para o barranco onde informara-se que Francisco encontrava-se
seguido pela sua matilha de cães sarnentos, o filho foi ao presbitério
onde o bispo e as autoridades civis estavam em conclave para decidir como
fariam com o prestidigitador que infamava toda a cidade.
E foi
o filho de Francisco que aceitando o ouro que um médico que tratava dos doentes
no hospital municipal pôs-lhe nas mãos que se dispôs a enfrentar os cães
sarnentos e trazer Francisco até eles. Assim o fez e cumpriu o que prometeu.
Francisco foi preso e o delegado e o médico e o bispo comemoraram porque tinham
agido sensatamente e agora tinham o taumaturgo sub júdice.
Na
noite que Francisco esteve na prisão vieram os cães da cidade e ficaram atentos
a lua. As ruas se encheram deles e nem os carros puderam circular. Houve quem
tentasse enxotá-los, mas eram tantos que ninguém sabia de onde tinham vindo e
quando se enxotava um apareciam muitos outros que ocupavam o lugar onde antes
jazera o cão que fora enxotado. Logo precisaram desistir de enxotar os cães e
conformaram-se com a presença deles nas ruas.
Quem
tinha automóvel deixou-o em casa porque não se podia mesmo circular pelas ruas
com tantos cães deitados no meio delas e mesmo para andar não era possível, pois havia sempre o risco de pisar em algum dos cães ou estorvá-los pisando nas suas caudas. Então as mães fecharam as portas das
casas com medo que os cães viessem para dentro e carregassem seus filhinhos. Os
homens se armaram com paus para enfrentá-los quando viessem
roubar-lhes as galinhas nos quintais. Mas até meia noite nada de extraordinário
havia acontecido e os cães apenas dormiam inquietos pelas ruas desertas. Foi
então que de madrugada quando o vento sopra enquanto a lua se extingue no
poente que de dentro das casas ouviu-se os cães uivarem com tanta força que o
coração dos homens gelaram dentro do peito e as mulheres ficaram transidas de
pavor. Mas ainda depois que tudo isto acabou, as crianças choraram e as mães tiveram que
consolá-las até que o dia começou a amanhecer e os cães recomeçaram seu
alarido.
Era quase
alva quando Francisco acordou e escutou que os cães do mundo inteiro latiam lá fora. Foi
então que ele compreendeu que preparavam-se para crucificá-lo na tarde daquele
mesmo dia como haviam feito muito tempo antes com aquele outro. Não tinha medo,
mas ele sabia que não valia mesmo a pena sujeitar-se a isto. Atravessou então
as paredes que o retinham e logo estava de pé no meio da calçada. Olhou em volta.
A cidade insone não tinha dormido. O sol nascia claro e fulgurante no horizonte
vasto. Francisco sorveu um grande trago de ar renovado e sentiu seus ossos pneumáticos
inflarem.
Ele
estava leve e podia voar enfim. Desprendeu-se do chão e foi subindo para o
céu na manhã clara. Quando subiu definitivamente o vento soprou e ele perdeu-se
no meio das nuvens. O sol terminou de amanhecer o dia e as galinhas ciscavam no
molhado dos quintais.
Um comentário:
Ótimo
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